Justiça Eleitoral cassa prefeito de Pontal do Paraná por promover churrasco e
dar canos de PVC em troca de votos
Vice-prefeita e vereador da cidade também foram cassados. Políticos estão
inelegíveis por oito anos. Advogados dos acusados disseram que vão recorrer da
decisão.
1 de 2 Prefeito Rudão Gimenes, vice-prefeita Patricia Millo Marcomini e vereador
Ezequiel Tavares Alves. — Foto: Redes Sociais/Prefeitura de Pontal do
Paraná/Câmara Municipal de Pontal do Paraná
Prefeito Rudão Gimenes, vice-prefeita Patricia Millo Marcomini e vereador
Ezequiel Tavares Alves. — Foto: Redes Sociais/Prefeitura de Pontal do
Paraná/Câmara Municipal de Pontal do Paraná
A Justiça Eleitoral cassou, na quinta-feira (5), o mandato do prefeito de Pontal
do Paraná, Rudisney
Gimenes Filho (MDB), conhecido como
Rudão Gimenes, da vice-prefeita Patricia Millo Marcomini (PSD
) e do suplente de vereador Ezequiel
Tavares Alves (PSD).
Cabe recurso da decisão.
Segundo a decisão do juiz eleitoral Ricardo José Lopes, a cassação foi motivada
porque os três promoveram um churrasco com a distribuição de canos de PVC
em troca de votos durante a campanha eleitoral de 2024. Eles negam a acusação.
O juiz eleitoral também determinou a inelegibilidade dos três até 2032.
Enquanto o processo não transitar em julgado – ou seja, enquanto as
possibilidades de recurso não se esgotarem – Rudão Gimenes, Patricia Millo
Marcomini e Ezequiel Tavares Alves continuam nos respectivos cargos.
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AMPLIAÇÃO DA REDE DE ESGOTO
Segundo uma testemunha ouvida no processo, a comunidade de um dos balneários,
reunida em associação informal, solicitava diversas melhorias na região, entre
elas a necessidade de ampliação da rede de esgoto.
Após ser procurado pelo então candidato a vereador Ezequiel, um dos
representantes do grupo de moradores explicou que a comunidade precisava de
canos de PVC para a ampliação, conforme o Ministério Público (MP).
Depois disso, segundo o MP, o vereador promoveu o churrasco em que os canos
foram distribuídos pela população, com a presença do então candidato a prefeito
Rudão Gimenes. De acordo com o órgão, testemunhas relataram que, durante o
evento, “houve expresso pedido de votos pelos investigados, inclusive com
distribuição de material panfletário”.
O QUE DIZEM OS ENVOLVIDOS?
Por meio de nota, o advogado Raul Siqueira, que representa o prefeito Rudão
Gimenes e a vice-prefeita Patricia Millo Marcomini, afirmou que adotará todas as
medidas judiciais cabíveis, confiante na reversão da sentença perante as
instâncias superiores.
O advogado Antônio Carlos Brustolin Jr., responsável pela defesa de Ezequiel
Tavares Alves, afirmou que pretende impetrar embargos de declaração, pois
entende que a decisão foi contraditória às provas presentes nos autos.
Segundo o advogado, se o embargo não for aceito, a defesa pretende recorrer da
decisão.
2 de 2 Prefeitura de Pontal do Paraná — Foto: TVCI
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