O governador do Rio de Janeiro está estudando com cautela a possibilidade de venda dos naming rights do Maracanã. Cláudio Castro afirmou que vê com ceticismo e dificuldade essa questão, destacando a importância histórica e emocional que o estádio representa para o futebol brasileiro. Em um evento de promoção dos três clubes do Rio para a Copa do Mundo de Clubes, Castro enfatizou que ainda está aguardando a análise do edital, mas está aberto ao diálogo sobre o assunto.

Flamengo e Fluminense, que gerenciam o Maracanã atualmente, autorizaram a equipe comercial do estádio a buscar possíveis interessados na compra dos naming rights. Com uma estimativa de R$ 40 milhões por ano para a negociação, os clubes esperam atrair investidores interessados nessa oportunidade. No entanto, de acordo com o governador Cláudio Castro, a venda dos naming rights enfrenta obstáculos devido ao tombamento do estádio e à identificação popular com o nome Maracanã.

Questionado sobre possíveis contrapartidas em caso de venda dos naming rights para o Governo, Castro destacou que o interesse econômico não será o principal critério na decisão do Estado. Ele ressaltou que a concessão do Maracanã tem como objetivo valorizar o esporte, diferentemente de outras concessões que visavam lucro financeiro. Castro citou exemplos como o Mineirão e o Pacaembu, afirmando que a prioridade é garantir uma proposta que promova o desenvolvimento esportivo.

Ao analisar a situação, o governador mencionou a importância do diálogo aberto entre todas as partes envolvidas na possível venda dos naming rights do Maracanã. Apesar das questões jurídicas e culturais que envolvem o estádio, Castro está disposto a considerar todas as propostas e argumentos apresentados. O futuro do Maracanã dependerá de uma avaliação cuidadosa dos impactos e benefícios que essa decisão trará para o esporte e para a comunidade em geral. A história e a tradição do estádio estão em jogo, e a deliberação final precisará levar em conta todos esses aspectos.