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Descubra a Cataia: Planta Medicinal na Cachaça Caiçara e na Culinária

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Conheça a cataia, planta com propriedades medicinais usada na ‘cachaça caiçara’

Pimenta pseudocaryophyllus é nativa do Brasil e ocorre na Mata Atlântica e no Cerrado. No país, ela está distribuída desde o Rio Grande do Sul até a Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Nome científico da espécie é Pimenta pseudocaryophyllus — Foto: Perla Rios

A cachaça caiçara se destaca como uma atração turística do litoral de São Paulo. A bebida alcoólica é resultado da infusão da folha da cataia (Pimenta pseudocaryophyllus) na própria cachaça. A planta também é conhecida popularmente por tratar problemas estomacais e da garganta.

Perla Rios, de 46 anos, toca a Cachaçaria Artesanal JRios, que o pai começou há 70 anos, em Cananéia (SP). Quando ela assumiu o negócio há 16 anos, decidiu inovar e ir além da simples bebida já conhecida e amada na região.

> “A cataia, na bebida, fica algo muito diferente. Você tem que ter um paladar
> mais aguçado para conseguir apreciar”, afirmou. “Ela tem um aroma único,
> ímpar”.

O sabor de brigadeiros, brownies e até mesmo azeite mudou depois que a empresária começou a brincar com as possibilidades. Seja com partículas minúsculas da folha triturada no alimento ou com a própria folha em infusão, que dá o gosto no caso da cachaça, a loja faz sucesso ‘saborizando’ com a iguaria. Com aroma marcante, a Pimenta pseudocaryophyllus lembra o gosto do cravo-da-índia.

> No caso dos brigadeiros, Perla clarifica a manteiga usada na massa com a folha da cataia — Foto: Perla Rios

Segundo o biólogo João Vicente Coffani Nunes, professor doutor do Curso de Engenharia Agrônoma na UNESP de Registro (SP), a cataia é uma espécie nativa do Brasil. Ela ocorre na Mata Atlântica e no Cerrado, com distribuição desde o Rio Grande do Sul até a Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Seja com finalidade medicinal ou recreativa, a cataia é utilizada principalmente no litoral sul do Estado de São Paulo – Cananéia, Iguape e Ilha Comprida –, na região do Vale do Ribeira, e no litoral norte do Paraná.

> “Nas outras regiões do Brasil em que ela ocorre naturalmente, as pessoas não conhecem esse valor medicinal dela e de lazer”, afirmou o professor. “O nome pimenta vem porque, quando você masca a folha, tem um sabor que lembra cravo, canela. Chega até a amortecer a língua”.

Segundo Nunes, a espécie ‘surgiu’ com o Brasil, pois está ligada à história dos biomas no país. Ela começou a ser utilizada na medicina popular na forma de chá e, mais recentemente, a ser ingerida com cachaça.

> Empresária leva cerca de seis meses para ‘saborizar’ azeite com a folha da cataia — Foto: Perla Rios

A cataia também pode ocorrer na restinga e, no Vale do Ribeira, é justamente nesse bioma que ela é mais explorada. De acordo com o pesquisador, já existem estudos que comprovam o poder antisséptico da planta, já que nela é encontrada o eugenol – composto muito utilizado em procedimentos odontológicos.

Perla destacou que, apesar de não conhecer muitos estudos científicos sobre o uso medicinal da cataia, vários clientes utilizam a planta para essa especialidade.

“Eu sei que tem um cliente meu que faz banho de infusão com ela para osteoporose. E para ele é excelente. Como eu também conheço pessoas que tomam chá para a parte respiratória e também é excelente”, disse.

Segundo Perla, não se pode lavar a folha da cataia, então ela faz a higienização uma a uma usando lenço umedecido com álcool. Além disso, mantém uma estufa para armazenar as plantas.

“Elas são minúsculas, não têm fruto nenhum dentro. Então, tudo o que você faz você faz com as folhas”, disse Perla. “Nessa parte da culinária, eu falo que ela dá para uma diversidade absurda de produtos. É que ela só não tinha sido explorada”.

Como a cataia é obtida majoritariamente por meio do extrativismo, isto é, a retirada da natureza, Nunes fez um alerta. Caso a prática se torne desenfreada, o bem natural pode começar a correr riscos de preservação.

“Teve uma vez que eu encontrei o pé de cataia cortado, porque arrancaram as folhas dela. Gente, você pode cortar alguns galhos e arrancar a folha, não precisa cortar a árvore […]. Você tem que fazer um extrativismo planejado já que a folha cresce de novo”, orientou.

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