O volante paraguaio do São Paulo, Damián Bobadilla, está envolvido em uma polêmica após ter sido acusado pelo venezuelano Navarro, do Talleres, de xenofobia. A discussão aconteceu após a vitória do Tricolor por 2 a 1 no Morumbi, resultando em Navarro registrando uma denúncia formal contra Bobadilla. O jogador venezuelano relatou que durante a partida, após um comentário sobre a conduta de jogo do São Paulo, Bobadilla o chamou de “venezuelano morto de fome”. Essa acusação levou Navarro a buscar apoio da Polícia Militar para registrar a ocorrência.

A repercussão do episódio foi intensa, com Navarro relatando que em um momento de forte emoção chegou a considerar deixar o campo, mas foi convencido a permanecer nos minutos finais da partida devido à impossibilidade de realizar substituições. O jogador declarou que se sentiu extremamente mal com a situação e contou com o apoio de companheiros de equipe, incluindo o venezuelano Ferraresi e o equatoriano Arboleda. A solidariedade dos colegas de time foi fundamental para Navarro enfrentar o momento difícil no gramado.

Bobadilla, por sua vez, deixou o Morumbi antes de prestar depoimento à Polícia Militar, que procurou o jogador no vestiário do São Paulo, mas não conseguiu localizá-lo. A expectativa é de que o volante do São Paulo compareça à Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva para prestar esclarecimentos sobre a acusação de xenofobia feita por Navarro. O caso gerou revolta no jogador do Talleres, que espera que haja uma punição adequada para o episódio de discriminação.

Em suas redes sociais, antes mesmo de buscar apoio da Polícia, Navarro abordou a questão da fome em seu país e denunciou o episódio de xenofobia sofrido no Brasil. O jogador ressaltou a importância de combater discursos de ódio no futebol e afirmou que nunca se envergonhará de suas raízes. A situação envolvendo Navarro e Bobadilla trouxe à tona debates sobre racismo e xenofobia no esporte, levantando questões sobre respeito e igualdade dentro e fora dos campos de futebol.

Diante da repercussão do caso, o São Paulo informou que Bobadilla está disponível para prestar depoimento na Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva e colaborar com as investigações. A expectativa é de que as autoridades responsáveis analisem o caso e tomem as medidas cabíveis, visando a garantia de um ambiente esportivo sem discriminação. Essa situação reforça a importância do respeito, da empatia e da tolerância no futebol e em qualquer ambiente social, promovendo a diversidade e a inclusão como valores fundamentais.